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Nos últimos anos, os dispositivos móveis vêm se tornando cada
vez mais poderosos, e móveis. A geração passada de SoC high-end,
especificamente o Nvidia Tegra 3, Exynos 4 Quad e o Snapdragon S4, estabeleceram um novo padrão
móvel trazendo CPU’s de quatro núcleos para os dispositivos móveis, assim como
trouxeram um grande desempenho em jogos sem sacrificar-se pelo consumo. Para
isso, cada empresa utilizou soluções como a arquitetura 4-PLUS-1 (quatro
núcleos de maior desempenho, acompanhados de um núcleo de baixa potência para
lidar o sistema com menor drenagem de energia). Após esta evolução, os
sucessores desses processadores tiveram o desafio de melhorar o desempenho e
também a economia de seus produtos. Cada fabricante também apresentou suas
soluções.
Os três SoCs citados no título deste artigo tem ao menos uma
coisa em comum: a sua litografia (processo de produção). A Qualcomm vem usando
28nm desde o ano passado, a NVIDIA deu um grande salto da arquitetura de 40nm
para 28nm HKMG e a Samsung está atualizando o seu próprio processo de produção
em 32nm para 28nm HKMG.
CPU:
O núcleo Cortex A15 da ARM já se mostrou muito potente desde
seu uso no processador Exynos 5 Dual, lançado e utilizado pela Samsung no
tablet Nexus 10. Neste produto, a CPU superou todos os outros processadores em
benchmarks inclusive os Quad-Cores. Nesta geração o desempenho é praticamente
dobrado já que veremos Cortex A15s sendo usados em processadores Quad-Core.
O NVIDIA Tegra 4 manteve a arquitetura 4-PLUS-1 já utilizada
em sua versão antecessora, mas desta vez com um núcleo Cortex A15 com clock de
até 1,9Ghz, uma capacidade impressionante. No entanto, o consumo de energia seria
alto. O quinto núcleo chega para solucionar o problema de consumo, pois também
é um Cortex A15, porém projetado para tarefas leves como a reprodução de áudio
e vídeo, por exemplo, e é usado para moderar o uso dos outros núcleos. Este
quinto núcleo pode trabalhar 825Mhz tendo aproximadamente o desempenho de um
Cortex A9 single-core de 1,6Ghz.
O Tegra 4 também tem um irmão intermediário chamado Tegra
4i. Este tem o processador um pouco diferente, ainda empregando 4-PLUS-1. O 4i
não usará núcleos A15, mas uma melhoria da versão mais recente do velho Cortex
A9 quatro núcleos A9 será capaz de correr em até 2,3 GHz, onde deverá trazer um
bom desempenho ao processador.
O Samsung Exynos 5 Octa (presente no Galaxy S4 versão 3G. Já
na versãon 4G é utilizado um Snapdragon 600) tem até um nome que chama a
atenção das pessoas para a CPU, uma vez que o nome indica o primeiro SoC de
integrar 8 núcleos na CPU, mas isto não significa que vamos ver o desempenho de
8 núcleos em um dispositivo móvel.
O Octa é realmente o primeiro SoC a usar configuração
big.LITTLE da ARM. Um conceito semelhante ao da NVIDIA 4-PLUS-1. O Octa faz o
uso de quatro núcleos Cortex A15 com uma velocidade máxima de clock de 1,8 GHz para
cargas de trabalho pesadas e um conjunto de Cortex-A7 mais básico rodando em
até 1,2 GHz para moderar o consumo de energia. A CPU Cortex A7 é praticamente
igual a um Cortex A9, só que com melhor eficiência de energia, assim, os
núcleos de baixa potência são capazes de entregar desempenho suficientemente
alto por um consumo de energia menor como um quad-core Cortex A9@1.2GHz (Tegra
3 T30L, por exemplo). É justo supomos que os núcleos de baixa potência estarão
em uso com maior frequência ao núcleo presente no Tegra 4, onde garante à
Samsung uma vantagem em termos no consumo de energia, mas na prática, as coisas
poderão ser diferentes.
A Qualcomm é conhecida por não licenciar CPUs ARM completas,
mas ao invés disso, eles licenciam a arquitetura e a modifica para fazer uma
CPU personalizada, chamada por eles de núcleo Krait desde o Snapdragon S4. CPUs
Krait tendem a sobressair muito bem em termos de consumo de energia. Para o
Snapdragon 800, a Qualcomm empregará um novo núcleo personalizado, o Krait 400
onde será capaz de correr em uma frequência máxima impressionante de 2.3GHz. Os
núcleos Krait têm uma característica especial: eles podem ter diferentes
núcleos rodando em diferentes velocidades de clock com base na carga de
trabalho que pode render alguns bons resultados em termos de eficiência
energética.
Memória e GPU
Os games tornaram-se um aspecto importantíssimo para a
tecnologia móvel. Como tal, os fabricantes de SoC, especialmente a Apple,
investem muito na integração de excelentes GPUs em seus SoCs e as mais recentes
ofertas da Samsung, NVIDIA e Qualcomm não são diferentes. A NVIDIA, ironicamente,
nunca liderou o mercado de GPU móveis em sua série Tegra, mas o mesmo não pode
ser dito sobre a GPU do Tegra 4. Projetado pela NVIDIA, a nova GeForce ULP é um
enorme avanço em relação à última geração, como o Tegra 4, tem um total de 72
"núcleos" gráficos, contra 12 no Tegra 3. Até aqui são uma melhoria seis
vezes maior, entretanto, o Tegra 4 continua sendo o único SoC moderno, cuja GPU
usa pixels e vertex shaders independentes, ao contrário de uma arquitetura
unificada. Os 72 núcleos no Tegra 4 são divididos em quatro unidades de pixels,
cada um contendo 12 ALUs (que a NVIDIA refere-se como um "core"), bem
como seis unidades de vertex, cada um contendo 4 ALUs.
A velocidade de clock máxima para a GPU são impressionantes
672MHz. A este ritmo, o Tegra 4 tem poder de transformação de 96,8 GFLOPS; um
resultado líder da indústria, enfim. O Tegra 4i usa a mesma arquitetura de GPU
como o Tegra 4, mas é diluída, com 60 núcleos totais. A 4i tem a mesma
arquitetura, porém tem duas grandes unidades de pixels, cada um contendo 24
ULAs, enquanto a quantidade de ULAs pro Vertex é cortada pela metade no 4i, com
apenas três unidades de vertex com vértice 4 ALUs cada. Com um clock
ligeiramente menor, de 660MHz, a GPU do Tegra 4i tem um desempenho teórico
máximo de 79 GFLOPS, que ainda é muito impressionante. Embora o desempenho das
GPUs é impressionante, suas características não são tão impressionantes, como
Tegra 4 tem uma das poucas GPUs modernas que não oferecem compatibilidade com
OpenGL ES 3.0 completo (alguns recursos estão disponíveis, no entanto).
Tendo em conta que estamos agora em um momento onde a
resolução está sendo uma grande necessidade para dispositivos móveis, estes
SoCs precisam oferecer uma largura de banda de memória brutal. Esta demanda sempre
foi uma grande preocupação nos SoCs Tegra, e a NVIDIA finalmente decidiu
eliminar esse problema. O chip Tegra 4, destinado a “tablets high-end”, que, a
partir de então, deverão ter uma resolução de pelo menos 1920 x 1200. Provavelmente,
irá lidar com altas resoluções facilmente uma vez que a interface de memória é
impressionante, sendo que ainda não estará inovando o dual-channel DDR3L-1866.
Isto deve, na teoria, entregar uma taxa de preenchimento suficiente para jogar
até mesmo os jogos mais complexos em um tablet com uma resolução muito alta
(2560 x 1600), especialmente considerando as afirmações de que a NVIDIA GPU é
otimizada para o uso da largura de banda da memória de forma mais eficiente.
Como o 4i está destinado aos smartphones, ele geralmente tem
que lidar com resoluções mais baixas, de modo a NVIDIA optou por uma menos
potente e com consumo de energia menor, e talvez um pouco econômico demais,
porém o 4i tem apenas um único canal de memória LPDDR3. Na configuração PoP
(pacote-a-pacote), onde a memória é soldada sobre o SoC, o Tegra 4i suporta até
LPDDR3-1600 que é um tanto quanto a última geração, o Tegra 3. Se a memória é
incorporada com o SoC (discreto), no entanto, o 4i irá suportar até um canal
único LPDDR3-1866, metade do que o Tegra 4 pode fazer, o que não é realmente
suficiente, especialmente considerando que em 2013 foi o ano de smartphones
como 1080p..
O Exynos 5 Octa representa uma grande quebra de sua tradição
de GPU habitual. A linha Exynos sempre usou GPUs Mali da ARM, mas os Exynos 5
move-se para uma GPU PowerVR, o PowerVR SGX544MP3, que é praticamente idêntica
a GPU usada no iPad 3.
A linha de GPU da ImgTech tem uma arquitetura de
sombreamento unificada muito madura e não suporta OpenGL ES 3.0 completo.
Existem 12 unidades de shaders unificados neste GPU (quatro por módulo, pois
este é o MP3, então, três módulos). Cada um dos quais contêm quatro ALUs. Mas, a
diferença entre o SoC do iPad 3 e do Exynos Octa é que a SGX544MP3 do Octa tem
clock muito mais alto: 533MHz. Isto equivale a 51,1 GFLOPS de desempenho de
pico, onde é quase exatamente o meio entre os 32 GFLOPS do iPad 3 e 71,6 GFLOPS
do iPad 4. Olhando para esses números, parece que o Exynos 5 Octa não
conseguirá manter-se junto a concorrência em tudo. Seu desempenho, pelo menos
no papel, empalidece em comparação com a oferta competitiva da NVIDIA. A
interface de memória do Octa ainda não é conhecida, mas provavelmente será um
pouco parecida, ao menos melhor ao seu irmão mais novo, o Exynos 5 Dual, que
tem uma interface de memória DDR3-1600 dual-channel, o que deve realmente ser
bom, mesmo para os tablets de 2560x1600 pixels de resolução.
Infelizmente, a Qualcomm nunca divulga qualquer informação
sobre suas GPUs Adreno, então tudo o que sabemos é que o Snapdragon 800 tem uma
GPU Adreno 330, que deverá fornecer o mesmo conjunto de recursos que a Adreno
320, mas com capacidades de desempenho mais elevadas. Considerando-se que a
Adreno 320 já é uma das mais poderosas GPUs disponíveis, muito se espera do
modelo 330. Além do desempenho, o 330 será um processador gráfico com suporte a
OpenGL ES 3.0, e isto é praticamente tudo o que é conhecido, mas a GPU presente
no Snapdragon 800 deve superar até mesmo a GPU do poderoso Tegra 4, já que a
Qualcomm se mantém muito bem no segmento e estava preparada quando lançou o
Snapdragon 800 muito confiante de suas capacidades de liderança. Muito parecido
com o Exynos 5 dual e, provavelmente, o Octa também, interface de memória do
Snapdragon 800 será de dois canais de memória DDR3-1600.
Conclusão
Todos esses SoCs têm muitas semelhanças, bem, exceto o Tegra
4i, que é claramente destinado a ser um SoC mid-range, e não pode competir com
qualquer um dos outros SoCs topo de linha. Estes são semelhantes, sendo que todos
eles usam processo de 28nm. Eles são todos quad-cores de novas arquiteturas, e
todos eles têm algum método de reduzir o consumo de energia. No caso da NVIDIA
e Samsung, a solução é aumentar a eficiência de energia, adicionando núcleos de
baixa potência para lidar com cargas de trabalho simples. Enquanto a Qualcomm
fez escolher ter seus núcleos com clock assíncronos. Suas principais diferenças
vêm de suas GPUs. Enquanto a Samsung, estranhamente, opta por utilizar uma GPU
que não é muito competitiva. A NVIDIA e a Qualcomm leva desempenho em jogos
muito a sério e melhoraram suas ofertas de GPU.
Em termos de memória, de fato, todos esses SoCs têm
interfaces de memória quase idênticas, então a principal diferença será o grau
de eficiência da CPU e da GPU ao usar a largura de banda de memória.
Considerando o mercado atual, o mais bem sucedido destes
SoCs, anunciados todos no começo do ano, é o Snapdragon 800. O Exynos Octa apesar
de ter sido usado em versões 3G do Galaxy S4 não teve vendas expressivas graças
ao escândalo de trazer big.LITTLE quando nem mesmo o kernel linux o suportava
(tendo adicionado suporte logo após a adoção da Samsung), tendo sido
considerado pouco eficiente na função que se propõe (economizar energia) e
esquentando bastante. O Tegra 4 não teve boa adoção por não suportar em sua
versão convencional e mais potente, redes 4G LTE. Por outro lado, o Snapdragon
800 trouxe conexão 4G LTE Advanced de altíssima velocidade, aliado ao melhor
desempenho do mercado, tendo um regulado consumo de energia e tendo conquistado
os consumidores.
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Nos últimos anos, os dispositivos móveis vêm se tornando cada
vez mais poderosos, e móveis. A geração passada de SoC high-end,
especificamente o Nvidia Tegra 3, Exynos 4 Quad e o Snapdragon S4, estabeleceram um novo padrão
móvel trazendo CPU’s de quatro núcleos para os dispositivos móveis, assim como
trouxeram um grande desempenho em jogos sem sacrificar-se pelo consumo. Para
isso, cada empresa utilizou soluções como a arquitetura 4-PLUS-1 (quatro
núcleos de maior desempenho, acompanhados de um núcleo de baixa potência para
lidar o sistema com menor drenagem de energia). Após esta evolução, os
sucessores desses processadores tiveram o desafio de melhorar o desempenho e
também a economia de seus produtos. Cada fabricante também apresentou suas
soluções.
Os três SoCs citados no título deste artigo tem ao menos uma
coisa em comum: a sua litografia (processo de produção). A Qualcomm vem usando
28nm desde o ano passado, a NVIDIA deu um grande salto da arquitetura de 40nm
para 28nm HKMG e a Samsung está atualizando o seu próprio processo de produção
em 32nm para 28nm HKMG.
CPU:
O núcleo Cortex A15 da ARM já se mostrou muito potente desde
seu uso no processador Exynos 5 Dual, lançado e utilizado pela Samsung no
tablet Nexus 10. Neste produto, a CPU superou todos os outros processadores em
benchmarks inclusive os Quad-Cores. Nesta geração o desempenho é praticamente
dobrado já que veremos Cortex A15s sendo usados em processadores Quad-Core.
O NVIDIA Tegra 4 manteve a arquitetura 4-PLUS-1 já utilizada
em sua versão antecessora, mas desta vez com um núcleo Cortex A15 com clock de
até 1,9Ghz, uma capacidade impressionante. No entanto, o consumo de energia seria
alto. O quinto núcleo chega para solucionar o problema de consumo, pois também
é um Cortex A15, porém projetado para tarefas leves como a reprodução de áudio
e vídeo, por exemplo, e é usado para moderar o uso dos outros núcleos. Este
quinto núcleo pode trabalhar 825Mhz tendo aproximadamente o desempenho de um
Cortex A9 single-core de 1,6Ghz.
O Tegra 4 também tem um irmão intermediário chamado Tegra
4i. Este tem o processador um pouco diferente, ainda empregando 4-PLUS-1. O 4i
não usará núcleos A15, mas uma melhoria da versão mais recente do velho Cortex
A9 quatro núcleos A9 será capaz de correr em até 2,3 GHz, onde deverá trazer um
bom desempenho ao processador.
O Samsung Exynos 5 Octa (presente no Galaxy S4 versão 3G. Já
na versãon 4G é utilizado um Snapdragon 600) tem até um nome que chama a
atenção das pessoas para a CPU, uma vez que o nome indica o primeiro SoC de
integrar 8 núcleos na CPU, mas isto não significa que vamos ver o desempenho de
8 núcleos em um dispositivo móvel.
O Octa é realmente o primeiro SoC a usar configuração
big.LITTLE da ARM. Um conceito semelhante ao da NVIDIA 4-PLUS-1. O Octa faz o
uso de quatro núcleos Cortex A15 com uma velocidade máxima de clock de 1,8 GHz para
cargas de trabalho pesadas e um conjunto de Cortex-A7 mais básico rodando em
até 1,2 GHz para moderar o consumo de energia. A CPU Cortex A7 é praticamente
igual a um Cortex A9, só que com melhor eficiência de energia, assim, os
núcleos de baixa potência são capazes de entregar desempenho suficientemente
alto por um consumo de energia menor como um quad-core Cortex A9@1.2GHz (Tegra
3 T30L, por exemplo). É justo supomos que os núcleos de baixa potência estarão
em uso com maior frequência ao núcleo presente no Tegra 4, onde garante à
Samsung uma vantagem em termos no consumo de energia, mas na prática, as coisas
poderão ser diferentes.
A Qualcomm é conhecida por não licenciar CPUs ARM completas,
mas ao invés disso, eles licenciam a arquitetura e a modifica para fazer uma
CPU personalizada, chamada por eles de núcleo Krait desde o Snapdragon S4. CPUs
Krait tendem a sobressair muito bem em termos de consumo de energia. Para o
Snapdragon 800, a Qualcomm empregará um novo núcleo personalizado, o Krait 400
onde será capaz de correr em uma frequência máxima impressionante de 2.3GHz. Os
núcleos Krait têm uma característica especial: eles podem ter diferentes
núcleos rodando em diferentes velocidades de clock com base na carga de
trabalho que pode render alguns bons resultados em termos de eficiência
energética.
Memória e GPU
Os games tornaram-se um aspecto importantíssimo para a
tecnologia móvel. Como tal, os fabricantes de SoC, especialmente a Apple,
investem muito na integração de excelentes GPUs em seus SoCs e as mais recentes
ofertas da Samsung, NVIDIA e Qualcomm não são diferentes. A NVIDIA, ironicamente,
nunca liderou o mercado de GPU móveis em sua série Tegra, mas o mesmo não pode
ser dito sobre a GPU do Tegra 4. Projetado pela NVIDIA, a nova GeForce ULP é um
enorme avanço em relação à última geração, como o Tegra 4, tem um total de 72
"núcleos" gráficos, contra 12 no Tegra 3. Até aqui são uma melhoria seis
vezes maior, entretanto, o Tegra 4 continua sendo o único SoC moderno, cuja GPU
usa pixels e vertex shaders independentes, ao contrário de uma arquitetura
unificada. Os 72 núcleos no Tegra 4 são divididos em quatro unidades de pixels,
cada um contendo 12 ALUs (que a NVIDIA refere-se como um "core"), bem
como seis unidades de vertex, cada um contendo 4 ALUs.
A velocidade de clock máxima para a GPU são impressionantes
672MHz. A este ritmo, o Tegra 4 tem poder de transformação de 96,8 GFLOPS; um
resultado líder da indústria, enfim. O Tegra 4i usa a mesma arquitetura de GPU
como o Tegra 4, mas é diluída, com 60 núcleos totais. A 4i tem a mesma
arquitetura, porém tem duas grandes unidades de pixels, cada um contendo 24
ULAs, enquanto a quantidade de ULAs pro Vertex é cortada pela metade no 4i, com
apenas três unidades de vertex com vértice 4 ALUs cada. Com um clock
ligeiramente menor, de 660MHz, a GPU do Tegra 4i tem um desempenho teórico
máximo de 79 GFLOPS, que ainda é muito impressionante. Embora o desempenho das
GPUs é impressionante, suas características não são tão impressionantes, como
Tegra 4 tem uma das poucas GPUs modernas que não oferecem compatibilidade com
OpenGL ES 3.0 completo (alguns recursos estão disponíveis, no entanto).
Tendo em conta que estamos agora em um momento onde a
resolução está sendo uma grande necessidade para dispositivos móveis, estes
SoCs precisam oferecer uma largura de banda de memória brutal. Esta demanda sempre
foi uma grande preocupação nos SoCs Tegra, e a NVIDIA finalmente decidiu
eliminar esse problema. O chip Tegra 4, destinado a “tablets high-end”, que, a
partir de então, deverão ter uma resolução de pelo menos 1920 x 1200. Provavelmente,
irá lidar com altas resoluções facilmente uma vez que a interface de memória é
impressionante, sendo que ainda não estará inovando o dual-channel DDR3L-1866.
Isto deve, na teoria, entregar uma taxa de preenchimento suficiente para jogar
até mesmo os jogos mais complexos em um tablet com uma resolução muito alta
(2560 x 1600), especialmente considerando as afirmações de que a NVIDIA GPU é
otimizada para o uso da largura de banda da memória de forma mais eficiente.
Como o 4i está destinado aos smartphones, ele geralmente tem
que lidar com resoluções mais baixas, de modo a NVIDIA optou por uma menos
potente e com consumo de energia menor, e talvez um pouco econômico demais,
porém o 4i tem apenas um único canal de memória LPDDR3. Na configuração PoP
(pacote-a-pacote), onde a memória é soldada sobre o SoC, o Tegra 4i suporta até
LPDDR3-1600 que é um tanto quanto a última geração, o Tegra 3. Se a memória é
incorporada com o SoC (discreto), no entanto, o 4i irá suportar até um canal
único LPDDR3-1866, metade do que o Tegra 4 pode fazer, o que não é realmente
suficiente, especialmente considerando que em 2013 foi o ano de smartphones
como 1080p..
O Exynos 5 Octa representa uma grande quebra de sua tradição
de GPU habitual. A linha Exynos sempre usou GPUs Mali da ARM, mas os Exynos 5
move-se para uma GPU PowerVR, o PowerVR SGX544MP3, que é praticamente idêntica
a GPU usada no iPad 3.
A linha de GPU da ImgTech tem uma arquitetura de
sombreamento unificada muito madura e não suporta OpenGL ES 3.0 completo.
Existem 12 unidades de shaders unificados neste GPU (quatro por módulo, pois
este é o MP3, então, três módulos). Cada um dos quais contêm quatro ALUs. Mas, a
diferença entre o SoC do iPad 3 e do Exynos Octa é que a SGX544MP3 do Octa tem
clock muito mais alto: 533MHz. Isto equivale a 51,1 GFLOPS de desempenho de
pico, onde é quase exatamente o meio entre os 32 GFLOPS do iPad 3 e 71,6 GFLOPS
do iPad 4. Olhando para esses números, parece que o Exynos 5 Octa não
conseguirá manter-se junto a concorrência em tudo. Seu desempenho, pelo menos
no papel, empalidece em comparação com a oferta competitiva da NVIDIA. A
interface de memória do Octa ainda não é conhecida, mas provavelmente será um
pouco parecida, ao menos melhor ao seu irmão mais novo, o Exynos 5 Dual, que
tem uma interface de memória DDR3-1600 dual-channel, o que deve realmente ser
bom, mesmo para os tablets de 2560x1600 pixels de resolução.
Infelizmente, a Qualcomm nunca divulga qualquer informação
sobre suas GPUs Adreno, então tudo o que sabemos é que o Snapdragon 800 tem uma
GPU Adreno 330, que deverá fornecer o mesmo conjunto de recursos que a Adreno
320, mas com capacidades de desempenho mais elevadas. Considerando-se que a
Adreno 320 já é uma das mais poderosas GPUs disponíveis, muito se espera do
modelo 330. Além do desempenho, o 330 será um processador gráfico com suporte a
OpenGL ES 3.0, e isto é praticamente tudo o que é conhecido, mas a GPU presente
no Snapdragon 800 deve superar até mesmo a GPU do poderoso Tegra 4, já que a
Qualcomm se mantém muito bem no segmento e estava preparada quando lançou o
Snapdragon 800 muito confiante de suas capacidades de liderança. Muito parecido
com o Exynos 5 dual e, provavelmente, o Octa também, interface de memória do
Snapdragon 800 será de dois canais de memória DDR3-1600.
Conclusão
Todos esses SoCs têm muitas semelhanças, bem, exceto o Tegra
4i, que é claramente destinado a ser um SoC mid-range, e não pode competir com
qualquer um dos outros SoCs topo de linha. Estes são semelhantes, sendo que todos
eles usam processo de 28nm. Eles são todos quad-cores de novas arquiteturas, e
todos eles têm algum método de reduzir o consumo de energia. No caso da NVIDIA
e Samsung, a solução é aumentar a eficiência de energia, adicionando núcleos de
baixa potência para lidar com cargas de trabalho simples. Enquanto a Qualcomm
fez escolher ter seus núcleos com clock assíncronos. Suas principais diferenças
vêm de suas GPUs. Enquanto a Samsung, estranhamente, opta por utilizar uma GPU
que não é muito competitiva. A NVIDIA e a Qualcomm leva desempenho em jogos
muito a sério e melhoraram suas ofertas de GPU.
Em termos de memória, de fato, todos esses SoCs têm
interfaces de memória quase idênticas, então a principal diferença será o grau
de eficiência da CPU e da GPU ao usar a largura de banda de memória.
Considerando o mercado atual, o mais bem sucedido destes
SoCs, anunciados todos no começo do ano, é o Snapdragon 800. O Exynos Octa apesar
de ter sido usado em versões 3G do Galaxy S4 não teve vendas expressivas graças
ao escândalo de trazer big.LITTLE quando nem mesmo o kernel linux o suportava
(tendo adicionado suporte logo após a adoção da Samsung), tendo sido
considerado pouco eficiente na função que se propõe (economizar energia) e
esquentando bastante. O Tegra 4 não teve boa adoção por não suportar em sua
versão convencional e mais potente, redes 4G LTE. Por outro lado, o Snapdragon
800 trouxe conexão 4G LTE Advanced de altíssima velocidade, aliado ao melhor
desempenho do mercado, tendo um regulado consumo de energia e tendo conquistado
os consumidores.
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